ABCDE do Trauma: treinamento especial na Help Joinville
Dando sequência à constante reciclagem oferecida a seus colaboradores, a filial da Help em Joinville realizou na última semana a palestra ABCDE do Trauma. A aula foi ministrada pelo enfermeiro Deived Levinski e pelo socorrista Marco Antônio dos Santos. Deived e Marco reforçaram a parte teórica que todos precisam para enfrentar as ocorrências diárias.
No evento, foram abordados os casos mais comuns como politraumatismo, quedas, choques elétricos, afogamentos e ferimentos por armas cortantes ou de fogo. “Nossa missão é atender a vítima e fazer o atendimento correto para que o quadro não se agrave”, ressaltou Marco.
A base do treinamento dado foi o método ABCDE. A sigla, em inglês, detalha cada um dos procedimentos que precisam ser feitos neste tipo de atendimento: A (airway, ou via aérea), B (breathing, ou respiração), C (circulation, ou circulação), D (disability, ou incapacidade) e E (exposure, ou exposição).
O primeiro passo (A) é a checagem da respiração e o controle da coluna cervical do paciente. “É nesse momento que devemos fazer o uso correto do colar cervical, mensurando corretamente o tamanho e a colocação”, lembrou marcos. Também foram passadas informações sobre o uso do KED, o imobilizador de coluna.
No passo B, foram transmitidas instruções sobre a expansibilidade pulmonar, que pode estar prejudicada pela ocorrência de fraturas múltiplas. “Nessa etapa é preciso auscultar e estabelecer a ventilação adequada segundo a condição do paciente”, recomendou Deived. O enfermeiro lembrou também que é preciso observar a ocorrência de cianose, ferimentos e feridas penetrantes com aprisionamento de ar, assim como pneumotórax (acúmulo de ar entre o pulmão e a pleura).
Na etapa C, a prioridade é a circulação sanguínea e o controle das hemorragias. “Ao restabelecer a circulação adequada é importantíssimo observar sinais de choque como hipotensão, taquicardia, taquipneia, hipotermia, palidez e extremidades frias”, lembrou Deived. Também foram citados os tipos de choque (hemorrágico, cardiogênico, neurogênico e séptico) e as medidas de reanimação circulatória para cada um deles.
Para o passo D – quando deve-se observar se o paciente está consciente e se responde à dor – foram repassadas as orientações da Escala de Glasgow, que leva em conta a abertura ocular, a resposta verbal e motora e a avaliação dos diâmetros das pupilas. A última etapa - o passo E – serve para identificar fraturas e hemorragias e a vítima deve ser despida e coberta com mantas térmicas para evitar a queda da temperature corporal.
“Hoje abordamos essa reciclagem de trauma, que possibilita identificar TCE, trauma raquimedular, trauma abdominal, hemorragias e choque. Nas próximas fases do Centro de Educação Continuada da Help, abordaremos a parte prática do que vimos aqui hoje”, disse Deived. “O prioritário no atendimento pré-hospitalar é a estabilização da vítima. Por isso é importante avaliar a situação e a primeira coisa a fazer é preserver a cervical da pessoa através do uso do colar”, reforçou Marco.