Evolução do Alzheimer: Conheça as 3 fases de evolução
Entenda as fases de evolução do Alzheimer e saiba a importância de conhecê-las para o diagnóstico e o tratamento precoce da doença!
O avanço da idade torna aceitável a presença de um certo declínio da capacidade cognitiva, com episódios de falha da memória e com a diminuição do vigor físico. Por isso, muitas vezes, a primeira fase da evolução do Alzheimer pode passar despercebida.
Dessa forma, conhecer quais são os sintomas iniciais e os fatores que podem aumentar os riscos de desenvolver a doença pode retardar seu avanço e trazer qualidade de vida para o indivíduo e para os familiares. A seguir, conheça mais sobre esse distúrbio, que tem se tornado cada vez mais comum com o aumento da expectativa de vida. Boa leitura!
O que é a doença e como é a evolução do Alzheimer?
O mal de Alzheimer se caracteriza por disfunções que envolvem a perda da capacidade cognitiva, problemas de memória e fala, orientação espacial e propriocepção, mudanças repentinas de humor, entre outras coisas. Sendo assim, dependendo da fase de evolução do Alzheimer, os graus dos sintomas podem variar.
Essa doença costuma se manifestar com a idade, sendo mais comum após os 65 anos. Entretanto, pode surgir de maneira precoce.
O que provoca essa enfermidade?
A causa da doença é a morte de uma grande quantidade de células cerebrais. Já os motivos que levam a isso ainda são um mistério. No entanto, entre os possíveis fatores de risco estão:
- Condição genética;
- Excesso de proteína tau;
- Estilo de vida;
- Doenças vasculares;
- Colesterol elevado;
- Baixa eficiência na produção de energia do cérebro;
- Acúmulo de proteína beta-amiloide.
Há pouco tempo, acreditava-se que o maior vilão poderia ser a proteína beta-amiloide, pois sua presença em grande quantidade no cérebro forma uma espécie de capa que sufoca os neurônios, levando-os à morte.
Contudo, segundo uma matéria publicada na revista Superinteressante, em janeiro de 2022, descobertas recentes mostraram que mesmo com o uso de um medicamento que remove a maior parte dessa placa de proteína, os resultados clínicos não foram os esperados, ou seja, não houve melhora ou regressão dos sintomas.
Portanto, não existe cura para o mal, mas existem tratamentos que retardam a evolução do Alzheimer. Sendo assim, quanto mais cedo ele for diagnosticado, melhor.
Por que é difícil identificar a doença?
Quando os primeiros sintomas surgem, significa que a evolução do Alzheimer já está em curso há, pelo menos, 10 anos. Eles são muito semelhantes ao declínio cognitivo que as pessoas associam apenas a uma idade mais avançada, e que é considerado normal. Desse modo, a suspeita da doença é descartada.
Foram desenvolvidos alguns exames de laboratório e imagem que podem melhorar o diagnóstico, mas ainda são pouco acessíveis à população em geral. De qualquer forma, eles devem ser avaliados em conjunto com os testes cognitivos e a partir da opinião de especialistas, como neurologistas e psiquiatras geriátricos.
Quais são as fases de evolução do Alzheimer?
Todas as doenças têm um ciclo que evolui gradualmente com o passar do tempo, e cada estágio pode levar muitos anos. A seguir, listamos as 3 principais fases de evolução do Alzheimer. Confira!
1. Fase leve
Nessa fase, o indivíduo consegue conversar e socializar normalmente, mas algumas mudanças já são observadas. Lembre-se de que, nesse estágio, a doença já pode estar se desenvolvendo há bastante tempo. Ele costuma durar cerca de quatro anos, e os principais sintomas que podem ser observados estão listados abaixo.
Problemas de memória
A pessoa começa a esquecer compromissos e coisas que aconteceram recentemente, apresenta dificuldade de transmitir recados e assimilar informações, o que fica mais evidente quando ela tenta aprender coisas novas ou organizar tarefas.
Também surgem sinais discretos de que as memórias antigas começam a ser afetadas, já que o indivíduo não recorda de fatos relevantes do seu passado. Além disso, é comum perder objetos e artefatos importantes como carteiras, documentos, celulares etc.
Desorientação espacial
Nessa fase de evolução do Alzheimer, a pessoa não reconhece lugares que deveriam ser familiares, bem como tem dificuldade com a localização e direção. Podem ocorrer episódios esporádicos de desorientação momentânea.
Mudanças de humor
Os sintomas geralmente são leves e considerados oscilações normais de humor. O idoso pode apresentar sinais de depressão, falta de iniciativa e proatividade, comportamento apático, irritabilidade, etc.
2. Fase moderada
A evolução do Alzheimer nesse estágio pode se estender por dois até dez anos, período em que alguns sintomas ficam mais evidentes, pois o comprometimento das funções cerebrais já está mais avançado.
Esse estágio é o mais longo e, durante a progressão, o indivíduo começa a exigir cada vez mais atenção e cuidados. Os sinais de demência são mais visíveis e significativos.
Memória comprometida
A pessoa já não se lembra de acontecimentos do passado, como onde estudou ou trabalhou. Inclusive, é incapaz de recordar o próprio endereço, números de telefone e nomes de pessoas próximas.
Confusão mental
Fica evidente a desorientação sobre onde a pessoa se encontra, qual a data atual e o horário do dia. Somado a isso, surgem mudanças na rotina de sono, o que provoca mais sonolência durante o dia e agitação à noite, e a incapacidade para tomar decisões simples, como a roupa mais adequada para vestir.
Nesse cenário, as reuniões sociais que fogem da rotina ou lugares públicos que requerem muita atenção podem provocar oscilações de humor, deixando o idoso irritado ou retraído. Por esse motivo, é comum o desenvolvimento de comportamentos compulsivos, repetitivos e até agressivos.
Dificuldades motoras e desorientação
Ocorre o surgimento de problemas relacionados ao controle dos esfíncteres e da bexiga. Assim, o indivíduo precisa de ajuda para atividades simples como comer, pentear os cabelos, sentar ou levantar. Por causa da desorientação, é comum o idoso sair sem rumo e se perder.
3. Fase severa
Considerado o estágio final da evolução do Alzheimer, é nessa fase que os sintomas ficam mais graves e evidentes. Desse modo, podem ocorrer crises epiléticas, tremores e rigidez muscular. O paciente fica incapaz de realizar qualquer atividade diária sem ajuda. Por esse motivo, precisa de assistência e monitoramento 24 horas por dia.
Além do mais, a confusão mental e desorientação dificultam a comunicação, o que deixa a pessoa incapaz de interagir com o ambiente e de fazer tarefas simples. A saúde física e o sistema nervoso ficam cada vez mais frágeis, o que aumenta as chances de doenças e infecções, bem como dificulta a deglutição e outras ações.
Logo, como toda doença grave, essa enfermidade afeta todos que estão ao redor do idoso, por isso, o tratamento precoce é tão importante. Assim como os remédios, há evidências científicas de que uma rotina de atividades físicas e convívio social, jogos e estímulos cognitivos ajudam a dar mais qualidade de vida para o paciente durante a evolução do Alzheimer.
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