Pneumonia em idosos: por que devemos manter a atenção?
A pneumonia em idosos é bastante comum e pode ter graves consequências. Saiba o que causa e que cuidados é preciso ter para evitar complicações! A pneumonia em idosos é uma das causas mais comuns de hospitalização entre quem já passou dos 60 anos. Isso porque essa infecção pode ser muito grave e, em alguns casos, até fatal, principalmente quando há certa vulnerabilidade, como é o caso de pessoas na terceira idade. Aliás, segundo dados da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), mais de 80% das mortes por pneumonia no país são de idosos. Trata-se de um dado realmente alarmante, mas há maneiras de mudar esse cenário e evitar que o quadro infeccioso evolua para algo mais grave. Desse modo, por ser uma doença de alto risco, preparamos um guia completo com as principais informações sobre ela. A seguir, você vai entender o que é pneumonia, quais são seus sintomas e causas, qual é o tratamento recomendado e, ainda, vai descobrir como se prevenir. Acompanhe!
O que é pneumonia?
Primeiramente, precisamos entender que a pneumonia é uma infecção nos pulmões, que traz vários transtornos ao indivíduo, como febre alta, dores e tosse. Embora possa atingir pessoas de qualquer idade, crianças pequenas e idosos são mais vulneráveis à doença. Por esse motivo, nesses casos, é preciso redobrar a atenção. Essa infecção pode ser causada por mais de 30 microrganismos diferentes, entre bactérias e vírus. O agente infeccioso se instala nos alvéolos pulmonares, isto é, nas estruturas dos pulmões que são responsáveis pelas trocas gasosas. Assim, prejudica a oxigenação do sangue e faz com que o paciente tenha dificuldades para respirar. Uma das dúvidas mais comuns sobre essa doença é se uma pessoa pode passá-la para outra. Apesar de não ser tão contagiosa quanto a gripe, por exemplo, ela pode ser transmitida pelo contato com alguém infectado. Vale lembrar, ainda, que a pneumonia pode variar de leve a fatal. No entanto, a infecção de origem vírus se torna menos grave, enquanto a bacteriana costuma evoluir para um estado crítico. A propósito, quando contraída em hospitais, pode se tornar bastante séria, pois o paciente normalmente já está debilitado. Além disso, mesmo quando o idoso se recuperar da pneumonia, pode ficar com sequelas, como:- Perda da massa muscular;
- Permanência da tosse;
- Dificuldade para respirar;
- Doenças cardiovasculares.
Quais são os sintomas de pneumonia em idosos?
As pessoas com 60 anos ou mais costumam apresentar sintomas bem diferentes dos apresentados nos mais jovens. Isso faz com que esse problema seja negligenciado por familiares e, inclusive, por alguns profissionais da saúde. Nesses casos, a pneumonia pode estar em um estágio mais avançado ao ser diagnosticada. Dessa forma, é essencial entender quais sintomas os idosos apresentam, pois isso garante o início precoce do atendimento, aumentando as chances de recuperação. É importante lembrar que os sintomas clássicos como febre alta, tosse com catarro e dores no peito podem não estar presentes. Por isso, fique atento aos sinais mais comuns, que são:- Redução do apetite;
- Desânimo;
- Confusão mental ou desorientação;
- Dificuldade para se comunicar corretamente;
- Distúrbios de humor;
- Indisposição;
- Enfraquecimento geral;
- Alteração da frequência de respirações por minuto;
- Abatimento;
- Fadiga.
Que complicações podem ocorrer nos mais velhos?
Como você viu, os sintomas são bastante semelhantes a um simples mal-estar ou resfriado. Portanto, sempre que o idoso apresentar alteração aguda do seu estado físico e mental, além de sintomas que não indiquem outra doença específica, é muito importante avaliar a presença de pneumonia. Caso contrário, podem ocorrer complicações como insuficiência respiratória, sepse e até morte. Além disso, nos casos graves, a pneumonia pode agravar outras doenças preexistentes, como problemas no coração, asma ou diabetes.Quais são as causas dessa infecção na terceira idade?
Como já mencionamos, geralmente a pneumonia é causada por vírus, bactérias ou fungos que se alojam nos pulmões e inflamam a região. No entanto, também há outras formas de contraí-la. Veja:- Agentes químicos: produtos químicos que penetram nas vias respiratórias e inflamam a região, favorecendo a ação das bactérias;
- Aspiração: de substâncias como líquidos, comida, vômito ou, até mesmo, saliva;
- Ambiente hospitalar: as bactérias e vírus presentes no lugar, geralmente, tornam-se mais resistentes aos medicamentos e acometem os doentes que estão com a saúde debilitada.
- Tabagismo;
- Uso excessivo de ar-condicionado;
- Alcoolismo;
- Resfriados não curados;
- Mudanças bruscas de temperatura;
- Uso de medicamentos;
- Desnutrição;
- Imunossupressão;
- Exposição a clima muito seco;
- Hospitalização ou quando a pessoa fica muito tempo acamada;
- Permanência em ambientes com má ventilação;
- Doenças associadas, como rinite, asma e bronquite;
- Hipertensão arterial;
- Diabetes;
- Insuficiência renal;
- Doença hepática crônica;
- Uso de tubos nasogástricos;
- Uso de medicamentos com efeitos sedativos.
Qual é o tratamento mais adequado?
A pneumonia em idoso normalmente é tratada com a internação do paciente, devido à sua vulnerabilidade. Na maioria dos casos, a infecção é tratada inicialmente com medicamentos antibióticos, administrados diretamente na veia. Em seguida, o tratamento pode ser continuado em casa, desde que seja supervisionado por um médico. O tempo de recuperação varia, de acordo com o tipo, grau de evolução, idade e condições de saúde. Além disso, é muito importante que haja um acompanhamento 24 horas por dia, seja por um familiar, um cuidador ou profissional da saúde.Como evitar a pneumonia em idosos?
Conforme comentamos, a pneumonia em idosos pode ter várias causas. Desse modo, além de evitar os fatores de risco, é preciso ter os seguintes cuidados:- Buscar uma vida mais saudável, com alimentação balanceada e exercícios físicos condizentes com a condição do idoso porque isso ajuda a fortalecer o sistema imunológico;
- Ter uma boa higiene, principalmente das mãos, para evitar a contaminação por vírus e bactérias;
- Fazer exames de rotina regularmente;
- Evitar contato com pessoas gripadas ou com outras doenças respiratórias;
- Visitar o dentista regularmente, pois os micro-organismos presentes na boca têm acesso fácil ao aparelho respiratório;
- Tomar vacina polivalente (uma dose de vacina VPC13 seguida de uma dose de VPP23 6 a 12 meses depois) e também contra a gripe;
- Fazer fisioterapia preventiva;
- Realizar as refeições sempre sentado ou, se não for possível, com a cabeça bem elevada;
- Evitar aglomerações e ambientes hospitalares sempre que possível;
- Tratar adequadamente a gripe;
- Não se expor a mudanças bruscas de temperatura;
- Procurar um atendimento médico diante dos primeiros sintomas.